As amilases são um grupo de hidrolases que fracionam os hidratos de carbono complexos em resíduos de glicose adjacentes. No organismo, a amilase encontra-se presente em diversos órgãos e tecidos. A concentração mais elevada está presente no pâncreas, onde a enzima é sintetizada pelas células acinares e depois segregada para dentro do trato intestinal através do sistema tubular pancreático. As glândulas salivares também segregam uma potente amilase que inicia a hidrólise dos amidos enquanto o alimento ainda se encontra na boca e no esófago. As doenças resultantes da elevação da alfa-amilase no plasma incluem: pancreatite aguda, parotidite, alcoolismo, insuficiência renal e doenças como a hepatite viral, AIDS, febre tifóide, sarcoidose e traumatismo no abdómen superior. Na pancreatite aguda, a amilase aumenta 5 a 6 horas após o início dos sintomas e permanece elevada durante 2 a 5 dias. O aumento na atividade plasmática não reflete a gravidade da doença e reciprocamente, a destruição extensa do pâncreas pode não causar um aumento significativo da concentração plasmática da alfa-amilase pancreática. A alfa-amilase é excretada por filtração glomerular e depois 50% é reabsorvida pelos túbulos. Esta reabsorção é significativamente reduzida em casos de lesões tubulares transitórias, após queimaduras, na presença de cetoacidose diabética e pancreatite aguda bem como proteinúria, resultando num aumento da eliminação da alfa-amilase.